JUDAS PRIEST + QUEENSRŸCHE
Replay de ícones: Queensrÿche e Judas Priest fazem noite histórica no Vibra São Paulo após o Monsters of Rock
Com casa cheia, bandas revivem no palco paulistano a intensidade do festival, em apresentações poderosas que reafirmam seus legados no heavy metal.
Na noite de 20 de abril, apenas um dia após incendiarem o palco do MONSTERS OF ROCK no Allianz Parque, Queensrÿche e Judas Priest protagonizaram mais uma maratona de peso — desta vez em um ambiente mais intimista, mas não menos potente. Os side shows, realizados no Vibra São Paulo, reuniram milhares de fãs que ou estavam em busca de um bis do festival. A casa cheia e vibrante provou que o legado dessas bandas segue mais vivo do que nunca.
A noite começou pontualmente às 20h com o Queensrÿche, que entregou um show consistente e tecnicamente impecável. Muitos na plateia ainda se recuperavam do cansaço acumulado do dia anterior, mas bastaram os primeiros riffs para reacender o entusiasmo coletivo. Com uma pegada nostálgica e poderosa, a banda revisitou seus clássicos, conduzida pela presença segura e carismática de Todd La Torre. Em meio ao repertório, o vocalista aproveitou o momento da emblemática “Empire” para apresentar a formação atual da banda. O encerramento com “Eyes of a Stranger” foi recebido com entusiasmo e deixou claro que, para os fãs, repetir a dose era mais do que bem-vindo.
Na sequência, o Judas Priest assumiu o palco e entregou mais uma aula de heavy metal — daquelas que só uma lenda pode oferecer. Com o mesmo setlist arrebatador da noite anterior, a banda não economizou na força, na energia nem na atitude. Rob Halford, aos 73 anos, reafirmou por que é conhecido como o Metal God: sua potência vocal, presença imponente e domínio de palco são simplesmente impressionantes. A apresentação seguiu com clássicos como “Turbo Lover”, “Painkiller”. O encerramento com “Living After Midnight” selou mais uma performance memorável.
Embora o repertório tenha sido basicamente o mesmo do Monsters, ver essas bandas lendárias em uma casa de shows como o Vibra ofereceu uma experiência diferente — mais próxima, intensa e calorosa. Foi uma noite que funcionou como um bis de luxo para quem viveu o festival e uma redenção para quem não conseguiu ingresso para ele. De qualquer forma, foi uma celebração do metal em sua forma mais pura e visceral.